domingo, 5 de julho de 2009


Não consigo parar de cantar.
Em casa, em voz alta.
Na paragem do autocarro, em murmúrio.
No museu, na versão "hummmhummm".

Acho que é a auto-preservação em acção. A minha forma própria do cérebro tentar fazer-me atravessar este dia.
Antes que penses no que quer que seja, digo-te desde já que não aconteceu nada. E é precisamente esse "nada" que está a dar comigo em doida.

Depois do arranque do "Peques", dos primeiros tempos de correrias e reajustes, tudo está em velocidade cruzeiro...e começo a sentir a rotina a instalar-se.
Rotina: essa tão temida palavra.

Não sei quem é que eu queria enganar ao achar que, saindo de Lisboa, fugia à rotina. Que fugindo do espaço que sempre foi meu, fugia aos minutos e segundos, aos dias e horas de acumular da normalidade.

Eu devia fechar a boca e afugentar estes pensamentos. Mas é a maldita da rotina (e com ela o sentimento da persistente e indesejada insatisfação) que começa a fazer-me comichão. E num Domingo em que o sol ferve de tal maneira que não dá para fazer grandes planos, tudo parece pior...
Estão a tocar à campainha. Vou ali, já volto.

...
E não é que é o pintxo do 1º andar a vir quebrar-me a rotina??!
Vou ali. Já volto.

See ya!