
Paris….
Nem as melhores bolachas crocantes com pepitas de chocolate (sim, caseiras, sem prazo de validade, invólucros, daquelas capazes de nos fazer lamber os dedos e raspar as migalhas do prato) podem igualar Paris. Mas acho que encontrei a solução ideal: num Bateau-mouche, a passar frente à Torre Eiffel, no fim de tarde, a comer bolachas com pepitas de chocolate. Perfeito, não?
Eu consigo perfeitamente imaginar-te a perder a cabeça perante um tecido em específico, um padrão em particular, esta ou aquela cor de eleição que te põem literalmente a correr de atelier em atelier. Aliás, eu lembro-me perfeitamente quando tu me arrastavas pelas lojas de tecidos da Baixa de Lisboa. E dos olhares de ira quando os funcionários nos viam entrar e já sabiam que tu ias querer dois metros do tecido que estava na prateleira mais alta da loja. Eu delirava quando tu, da altivez dos 14 anos, fazias o pedido como se fosse a coisa mais séria do mundo. De tal modo que, ultrapassada a raiva inicial de quem tinha o azar de nos atender, acabavas sempre por sair da loja com muito mais tecido do que o pedido sem teres que pagar mais por isso. Aposto que hoje em dia, quando ouvem o teu nome, devem sorrir e dizer: “sabe, ela costumava vir aqui comprar tecidos…”, perante o olhar de espanto dos clientes. Com um bocadinho de sorte dizem também: “…ela costumava vir com uma amiga, aquela rapariga, ai como é que ela se chama? Tenho o nome aqui mesmo debaixo da língua…”
Mas por muito tempo que tenha passado e por muito que o teu nome tenha crescido, nunca vais deixar de te deslumbrar com esses pequenos prazeres da vida: o rendilhado perfeito da Torre Eiffel, a Pont des Artistes, a cusquice em ouvir as conversas dos turistas (ok, eu sei que este mau hábito fui eu que te peguei…). E é por isso que aqui estamos hoje.
Quanto a mim, hoje passei pelo Museu para observar um pouco o comportamento das pessoas, estudar e apalpar terreno. Amanhã tenho reunião com o Director e, depois de almoço, começo a fase intensiva de passar por todos os cantos e conhecer ao pormenor cada funcionário, o que faz e como o faz. Para dizer a verdade, mal posso esperar!
See ya,
Bee
2 comentários:
Gosto da ideia de sonhar acordado, e se é sonho, é belo.
então n pode haver lugar a sentimentalismos, choros ou tristezas…. E mt menos alguma vez sentirmo-nos sós… sonhar num lugar quente aconchegado pelo calor das palavras de quem narra os seus sonhos.
Se sonhar é belo … mas para mim pode ser sem as pepitas de chocolate, que eu passo…. Paris , belo roteiro. Ai então é mesmo possível, pq para o sonho só depende a predisposição, e lá tudo é passível de acontecer, no enrredado da Torre ou nas galerias de Orsey.
Sonha acordado , e regista a experiencias… e depois encontramos um espaço adequado para reflectir e lembrar.
Gosto da proposta, sonhar acordado é a capacidade de sermos maiores e manter o desejo de ser mais feliz.
Sonhemos então acordados pq ao sonhar assim, podemos ver e crer o que realmente somos queremos, mas tb o que desejamos para a vida.
Memória, acções ou decisões... parece-me boa a ideia "Para dizer a verdade, mal posso esperar!"
bj
M
M!!!!
Benvindo :)
Todos mal podemos esperar para ver o que mais vai acontecer daqui para a frente, no blog e na vida :)
Beijinhos
CarMG
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