domingo, 31 de maio de 2009

O farol


Deixo Lisboa para trás.
Sobrevoo Barcelona, banhada pela luz morna, cândida do romper da manhã.

Estou de volta a esta cidade, com energias renovadas. Não consigo começar por explicar-te como aquela noite foi importante para mim. Ver-te brilhar assim, ver o teu trabalho transbordante de luz – de tal forma que se estendeu a toda a Avenida – fez-me passar a ver Lisboa como um farol.

O farol que brilha constante, indicando o porto seguro, avisando que a terra está perto, que não iremos vaguear mais, perdidos num mar revolto de mudança, desafios e problemas.

A tua conquista reforçou a crença nos meus próprios projectos. E o sítio a que chamo “Casa” vai estar sempre lá, farol intemporal à beira do Atlântico, onde parte do meu coração fica guardado enquanto eu vagueio por outros mares.

Regresso a Barcelona e sei que no prazo de um mês o projecto “Peques” vai avançar. Que os pequeños da cidade vão passar a ter actividades incríveis aqui no Museu e que tudo vai correr bem. Muito bem. Tenho a certeza disso porque trago comigo parte de uma tal luz que brilhou naquela noite. Mais do que isso, já tenho outro projecto em mente…

E sim, tal como te prometi, vou mesmo tocar à campainha do 1º andar e convidar o meu vizinho para uns pintxos. É isto que a luz dos outros faz às pessoas. Atravessa-nos e contagia-nos.

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