E não são apenas os trolleys.
São também os turistas, de câmara em punho, sorriso em riste e olhar deslumbrado.
E os aviões que eu via levantarem voo de cada vez que ia a atravessar a Vasco da Gama. O Tejo aos pés e eles de nariz levantado, ainda a ganhar altitude. Quando eles subiam, desafiando as leis da física, eu imaginava todo um mundo de possibilidades.
Quando via esses aviões partirem, enquadrados na moldura perfeita do fim de tarde a cair sobre Lisboa, perdia o resto do caminho a imaginar qual o seu destino. Mas também a vida de cada passageiro, os motivos porque partiam ou porque regressavam.
Esta nossa eterna capacidade de manter a cabeça nas nuvens. Nunca nos abandonará. Acho que, no que a mim me diz respeito, se deve a essa inconsciente (mas sempre presente) ânsia de mudança. De querer estar noutros lugares.
Depois de ler o teu post, e porque era Domingo, resolvi deixar o relógio em casa. Para o coração da velha cidade, em busca de trolleys e de turistas, de corações que vibram, que batem tão forte e tão alto que eu, estando ali ao lado, chego a conseguir ouvi-los.
Corações de quem viaja. Com o corpo e com a alma.
E tu, nova viagem?!
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